segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Pensamentos de outubro

Finda Outubro.
Outubro. É o mês da safra feita, "midje na tambaque (midje na tanbake)", e há os nossos meninos e meninas em outubro nascidos. ...................................................................E gente das artes e ciências, criadores que dizem inspirar-se no facto de terem nascido em outubro. ...............................Eugénio nhô Génio prova-o? Faz sentido: si ca bado ca ta birado/si ka badu ka ta birado/si ka badu ka ta biradu, ............................como é que eu pensaria a 500 mil quilómetros, estando na Lutécia, cidade das luzes, que o Halloween teve de inspirar-se nas antigas tradições de camponeses em ano de fartura, um setembro farto para estes das Hespérides ignotas, ..............................mês farto que em outubro já os fez esquecer a providência e a previdência, ................................e por entre festejos, cheios de 'seberbindade' atiram bobras-foga tornadas bespotes 'pa rotcha bòxe'. Já sem se lembrar que estão a desafiar o Céu movidos apenas pelo instinto de desforra sobre a gente da vila que lhes vende caro o milho e as sementes em anos de vacas magras..................................................................................................

E a  referência à cidade das Luzes, impôs-me o seguinte exercício de pensamento: 


- Se Paris deixou de estar na Praia – deixou de haver residente desde o Embaixador Barbès, que se aposentou, e desde setembro 2015 o representante francês reside em Dacar) --, porque é que a Praia não mudou o lugar da representação? Calcule-se o que não iria render para os cofres nacionais a renda da embaixada? Cabo Verde tem representação diplomática também em Bruxelas, Luxemburgo, Roma, Madrid, Lisboa, cuja distância (via aérea) é menos de duas horas, às vezes menos de uma …. Porque é que não se faz a melhor alocação possível de recursos?.......................................

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O Eugénio Tavares jornalista tinha uma definição pejorativa de "governança"

Volto ao tema que aqui tratei em quarta-feira, 5 de abril de 2017

Qual a diferença entre governança e governação (Volto transcrevendo o 1º parágrafo:) // Há anos que tenho opinado (com base em fontes) que o anglicismo governance deve ser tratado como tal. Ou seja, usado sempre que não exista equivalente e escrito entre aspas (neste caso, italicizei-o) para indicar que não é uma palavra do português. Como anglicismo, o seu uso deve indicar que não há em português um  vocábulo exacto/exato para o traduzir.



Em janeiro de 1913, o patrono do Dia da Cultura (instituído no Cabo Verde independente, no 3º milénio), escrevia em 'A Voz de Cabo Verde' um artigo contra o poder colonial, designadamente os seus agentes que aqui em Cabo Verde governavam mal, designadamente praticando a corrupção a vários níveis, em cumplicidade com: "...um certo comércio, avisado e prudente, casado de há longos anos com a ilustríssima senhora D. Governança (...)".  (Pode ser consultado a pág.116-120 de  "Eugénio Tavares pelos jornais", do investigador Félix Monteiro).