segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Mais de 500 anos de Linguística em Cabo Verde -LINGUISTICA NOVA INSULARUM HESPERITANARUM c.MCDLXII-MMXX

Mais de 500 anos de Linguística em Cabo Verde -LINGUISTICA NOVA INSULARUM HESPERITANARUM c.MCDLXII-MMXX


Em 2002 publicaria.
Em 2016 acredito que até 2020.

sábado, 9 de julho de 2016

Meteorologia

O Céu! A luz  a jorrar para as profundezas da terra! A ressurreição existe! O maior antídoto contra a claustrofobia é o azul súbito que rompe as trevas. Esta imagem do metro de Toledo acompanha-me há muito.


Lua das águas, maré boa ou má são parte da experiência de vida iniciada muito cedo. Lembro-me da grande chuva do ano em que me nasceu o segundo irmão, talvez julho talvez agosto dum ano em que a ribeira virou mar e as vagas subiram a uma altura que ameaçava a nossa casa bem alicerçada na rocha, uns dez metros acima do chão!

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Semântica determina eleições vs. eleição presidencial

Qual é a frase correta:
a) "A eleição presidencial acontece até 9 /10/2016"
ou 
b) "As eleições presidenciais acontecem até 9 /10/2016"?

(Um pouco por toda a Lusofonia e até a Francofonia e Anglofonia(!sim!),  os média empregam com frequência a expressão "as eleições presidenciais". Os homens e mulheres da comunicação social têm razão ou não? )

Resposta correta é:
 a) porque na "eleição presidencial" só há um cargo a ser ocupado! (Mesmo que haja 2ª volta, deve-se falar sempre no singular, porque é só um cargo a ocupar)

Estes erros repetidos podem tornar-se a regra? Não, na era digital -- verifica-se que até os leitores mais esclarecidos, um pouco por todo o mundo, põem a questão, criticam  nos fóruns.... 

---- Agora, vejamos quando é que podemos usar o plural: 
c) Nos Estados Unidos as eleições presidenciais acontecem  todos os quatro anos, sempre no dia 20 /janeiro enquanto em Cabo Verde acontecem de cinco em cinco anos e a data é variável.
d) O candidato vencedor foi apoiado por que partido em cada uma das eleições presidenciais? 
(Exemplo: de 1991, 1995 e 2011 e as de 2001 e 2006)

Conclua-se: Na mesma linha lógica, dos cargos a ocupar na decorrência do acto eletivo, a forma correta é o plural nas "eleições legislativas" e  nas " eleições autárquicas".

sexta-feira, 4 de março de 2016

EUA: Melhor passada na corrida presidencial

EUA: Melhor passada na corrida presidencial

Posso!

A eleição presidencial nos Estados Unidos tem, sobretudo neste(s) último(s) decénio(s), vindo a despertar a atenção global, como demonstrado no foco mediático sobre a corrida à Casa Branca em 2008. É certo que um presidente escolhido pelos cidadãos globais, logo, investido de poderes para controlar (ditatorialmente) ou supervisionar (democraticamente) o planeta, o presidente da Terra criado pela ficção científica, ainda não existe (depende de nós, cidadãos do planeta global, que nunca exista). Embora sejam os cidadãos americanos a fazer a escolha do seu presidente – democraticamente, tal como escolhemos o nosso presidente, nós cidadãos de países como, digamos, a França (sistema presidencialista semelhante ao dos EUA) ou Cabo Verde (no sistema semipresidencialista) –, a verdade é que, diferença de regimes à parte, há uma enorme diferença, de vulto. Os Estados Unidos da América, como primeira potência global, têm uma responsabilidade que ultrapassa os limites do seu território. Quer queiramos quer não, a política americana não é alheia a muitas das decisões políticas que afetam a vida dos cidadãos na maior parte dos países.

O introito parece necessário para explicar o silêncio sobre o que se passa em casa própria e o porquê do interesse em acompanhar os lances do drama sociopolítico, a apresentar em episódios, durante quase um ano inteiro: a corrida à Casa Branca.
O episódio desta semana localizou-se em dois estados, Iowa e New Hampshire e resume-se assim: o republicano Donald Trump (Iowa) e o democrata Bernie Carson venceram as primárias. Para quem perdeu alguns dos episódios, foi a surpresa total: Então e a Sra. Clinton? Pergunta ociosa a que responderam com um encolher de ombros os que viram os episódios anteriores. Mas estes não escondem a surpresa perante a larga margem das vitórias, de dois concorrentes que se colocam como representantes contra o sistema político vigente? Algo na linha das novas correntes anti-sistema que vimos avançar a passos largos na Grécia, onde até chegaram ao governo (embora no dia seguinte o líder tenha mudado o discurso e a política), na Espanha e de certo modo Portugal nas mais recentes eleições?
Porque é que estão a avançar? Por dizerem o que as pessoas querem ouvir, analisam os comentadores. O planeta mediático apoda-os de populistas e prevê que são uma vaga – poderosa mas passageira. Mas… e se der lugar a algo ainda desconhecido, como uma terceira candidatura forte, a do anterior presidente de N.York, Michael Bloomberg, que ainda não se posicionou?
Por mais provisórios que sejam estes resultados, certo é que já fizeram soar a trompa de Rolando: Olha os teus republicanos, Cruz, a desviarem-se para o Trump! Olha lá, Hillary, que o Bernie está com melhor passada e os fiéis democratas estão a dançar com ele!


Legenda(alternativa): Presidente da Terra, sobre criação de Michelangelo.

15/2/2016