Neste maio de incerteza, ressurge-nos o "neologismo" Tríplice Aliança/tríplice aliança -- que as obras de referência associam às guerras europeias de fins do século XIX. Mas no mesmo sábado e domingo, a webesfera traz de volta a expressão, para referir duas realidades diferentes: a guerra na Ucrânia e a situação criada por uma imigração ilegal de alemães no Paraguai. Logo que possível, publicarei aqui um artigo elucidadtivo. Por enquanto, note-se o uso metafórico da expressão no artigo a seguir.
Japão recebe G20 sob pano de fundo da crise da Nissan-Renault23 abril 2019
O primeiro-ministro japonês anfitirião da cimeira do ’Grupo dos Vinte’ em junho iniciou em Paris esta segunda-feira, 22, o périplo mundial de preparação que o vai levar, durante os próximos dias até 29, aos Estados Unidos, Canadá, Itália, Bélgica e Eslováquia.
A Cimeira G20 2019 é organizada pelo Japão e terá lugar na terceira maior cidade, Osaka, a mais industrializada. Em 2018 foi a capital argentina, Buenos Aires enquanto no anterior foi Hamburgo a cidade portuária alemã.
Nas presidências chinesa, turca e australiana, respetivamente de 2016, 2015 e 2014 também não foi a capital a sediar as cimeiras mas Hangzhou, Antalya, Brisbane. Em 2013, a presidência russa sediou o evento na capital, Moscovo, tal como em 2010 e 2008( a 1ª) nas presidências sul-coreana, inglesa e americana com a cimeira a ter lugar em Seul, Londres e Washington, respetivamente. Mas em 2012, 2011, 2010, 2009 nas presidências mexicana, francesa, canadiana (a meias com a Coreia do Sul) e americana (2ª vez) também não foi a capital a sediar as cimeiras, mas respetivamente Los Cabos, Cannes, Toronto e Pittsburgh.
O Japão no vigésimo aniversário do G20 preside, pois, ao organismo fundado em 1999 para concertar políticas financeiras entre os seus vinte membros — Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, África do Sul, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Indonésia, Itália, Índia, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia.
França-Japão no meio da crise da Renault-Nissan-Mitsubishi
A menos de dois meses do grande dia que em junho vai reunir em Osaca/Osaka os vinte países, Abe faz uma jornada de uma semana à França, Estados Unidos, Canadá, Itália, Bélgica e, algo surpreendente, à Eslováquia.
O encontro Macron-Abe acontece sob o pano de fundo da crise que, com a prisão do super-presidente Carlos Ghosn, se abriu na tríplice aliança das multinacionais automobilísticas Nissan-Renault-Mitsubishi.
O brasileiro Ghosn, e trinacional francês e libanês, foi no último dia 4 detido pela quarta vez no caso de corrupção de que é acusado pela Nissan — marca que ele salvou da falência há 20 anos. Ele clama a sua inocência e aponta que há traição por parte da direção da Nissan para evitar a fusão por ele idealizada entre a marca japonesa e a francesa.
Cimeiras de Osaka e de Biarritz
O primeiro-ministro Shinzo Abe exerce a presidência japonesa do G20 e como tal será o anfitrião da ‘Cimeira G20 de Osaka’, a 13ª desde 2008, prevista para junho próximo.
A presidência francesa do G7 está por seu turno a organizar a Cimeira G7 de Biarritz, agendada para fins de agosto.
A reunião Abe-Macron desta terça-feira tem o objetivo, segundo o palácio do Eliseu, de “consolidar os intercâmbios bilateraies à volta de três eixos: a cooperação na zona do Pacífico, as parcerias na indústria e na cooperação económica, e a prossecução das trocas culturais, na continuidade da iniciativa ’Japonismes 2018’ e na organização em 2021 da iniciativa cultural francesa no Japão”.
Abe segue para os Estados Unidos onde desde o dia 15 arrancaram as negociações comerciais entre Washington e Tóquio/Tokyo, para tentar chegar a um acordo bilateral, enquanto que o presidente Donald Trump ameaça impor taxas aduaneiras ao setor automobilístico.
Japão: Novo imperador Naruhito em histórica ascensão ao trono — Trump é convidado
O primeiro de maio, daqui a nove dias, marca a ascensão ao trono do novo imperador que recebe a coroa imperial do pai vivo, Akihito.
O presidente Trump tem a intenção de ser o primeiro chefe de Estado a encontrar-se com o novo imperador.
Fontes: Le Monde/Japan Times/Bloomberg/. Fotos (Reuters). 1ª. Carlos Ghosn em vídeo durante conferência de imprensa do dia 9 em que esteve ausente: “Se estão a ver este vídeo é porque fui de novo detido”. 2ª. Macron e Abe em outubro em Paris, poucos dias antes da primeira detenção de Ghosn, em novembro transato.
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