Em conferência de imprensa ontem (4ª fª, 13), o diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS-Organização Mundial de Saúde, Mike Ryan avisou que controlar a doença do coronavírus vai exigir um "esforço em massa" e preveniu que , mesmo quando se descobrir a vacina, a humanidade vai ter de viver em permanência com o coronavírus, tal como acontece já com o sarampo ou o HIV.
O líder da equipa responsável pela contenção e tratamento internacional da Covid-19 disse que é inútil "tentar fazer previsões sobre quando este vírus irá desaparecer".
A vacina pode dar uma certa proteção, porque treina o sistema imunitário de cada um a combater o vírus. Porém, não o elimina.
E enquanto não se descobre uma vacina anti-Covid, o vírus que hoje se propaga velozmente sobre a população mundial — que na sua grande maioria é vulnerável — vai fazendo cair os índices económicos e por arrastamento arrasa os setores sociais mais vulneráveis.
Perguntemo-nos: Para quando uma vacina anti-Covid? Até onde podemos depositar toda a esperança nela? Vamos observando:
1º O VIH há quarenta anos que se instalou e afetou mais de 50 milhões de pessoas. Ainda não existe uma vacina, apesar de quatro décadas de esforços, financiamentos diversos obtidos em iniciativas as mais mediatizadas ...
2º O sarampo: apesar de existir uma vacina, periodicamente irrompem surtos.
Boas maneiras, civismo, solidariedade
Perante isto, o que podemos fazer individualmente? Os gestos de proteção por e para si: tossir na curva do antebraço, evitar atingir o outro com espirros — em crise, aí temos as máscaras, as viseiras —, evitar a proximidade que os povos afetivos usam muito.
Em situação de confinamento, seguir as regras ditadas pelas autoridades da Saúde.
Combate, testes de deteção
O estado de emergência — vivido com as medidas que são o distanciamento físico —parece ser a única medida de mitigação enquanto esperamos pela vacina.
O teste que a OMS aprovou em janeiro — enquanto fator importante no combate — ainda continua longe de corresponder ao desejável.
Por exemplo, foi rejeitado pelos Estados Unidos que decidiu desenvolver o seu próprio teste. Com isso, o processo ficou parado. E quando enfim o país teve o seu próprio teste — aliás vários, cada um a ser desenvolvido por um dos diversos sistemas do concorrencial sistema de saúde — este nem sempre funcionou bem e levou a resultados inconclusivos.
Conclui-se que com esse outro handicap dos EUA, que é a falta de um sistema de Saúde Nacional, se continua a perder tempo, recursos e … vidas.
Doenças Mentais a considerar
O surto pandémico de coronavírus, que já matou 300 mil pessoas e contagiou 4,5 milhões em todo o mundo, está também a fazer surgir novas doenças mentais.
Por isso, as Nações Unidas (sob a direção-geral de Tedros Adhanom Ghebreyesus, à esqª na foto) estão a recomendar que os países considerem a saúde mental como uma parte integrante da resposta ao atual surto de coronavírus.
Fontes:BBC/DW.de/Worldometers/Literatura médica e arquivos. Foto: Responsáveis de topo da OMS, entidade cuja ação tem entrado em rota de colisão com as medidas de dirigentes mundiais como Bolsonaro, Trump.
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